A ficção científica no cinema sempre foi marcada por grandes clássicos que conquistaram prestígio ao longo do tempo, como “2001: Uma Odisseia no Espaço” e “Blade Runner: O Caçador de Androides”, com produções visualmente impressionantes. Porém, nem todas as obras do gênero conseguiram manter esse padrão de qualidade, e acabaram se destacando pelos motivos errados.
Nesta lista dos 10 piores filmes de ficção científica do século XXI, encontramos produções que falharam em entregar uma narrativa cativante, efeitos especiais convincentes ou um roteiro coeso. Mesmo diante do potencial criativo e inovador do gênero, esses filmes acabaram por se tornar exemplos de como a ficção científica pode decepcionar nas telonas.
Apesar dos tropeços, a ficção científica continua a ser um território fértil para explorar ideias ousadas e visuais deslumbrantes. Mesmo com seus deslizes, a busca por novas formas de contar histórias e explorar universos alternativos mantém o gênero vivo e em constante evolução, mostrando que, apesar de alguns fracassos, a jornada pelo espaço e pelo desconhecido no cinema ainda reserva muitas surpresas e emoções.
O Fracasso de Planeta dos Macacos em 2001
Uma das franquias mais bem-sucedidas da história de Hollywood, Planeta dos Macacos surgiu originalmente nos anos 60, expandindo-se ao longo do tempo com novas produções. Contudo, nem tudo foi grandioso para a saga, e um filme em particular lançado em 2001 se destaca como um verdadeiro desastre cinematográfico.
Responsável por essa decepção, Tim Burton dirigiu a versão estrelada por Mark Wahlberg, Tim Roth e Helena Bonham Carter. Apesar da proposta de ser um reboot, o filme de 2001 falhou miseravelmente, tanto que hoje em dia quase ninguém se lembra de sua existência. Marcado por semelhanças com o clássico de 1968 e uma execução extremamente fraca, ele é considerado um dos piores longas do gênero neste século.
O Paradoxo Cloverfield: Uma Chance Perdida de Renovação da Franquia
Falando sobre as produções mais recentes, O Paradoxo Cloverfield chegou com a proposta de reacender a chama da franquia Cloverfield, porém o resultado deixou a desejar. Sob a direção de Julius Onah, o filme foi lançado pela Netflix e produzido por J.J. Abrams, narrando a história de uma equipe no espaço que se vê diante da possibilidade de desencadear um paradoxo, ao testarem um dispositivo capaz de gerar energia de forma ilimitada.
Com um roteiro fraco e ausência de inovação, O Paradoxo Cloverfield não conquistou o público e tampouco a crítica especializada, frustando os admiradores da saga e figurando entre os piores filmes de ficção científica do século XXI.
Transformers: O Último Cavaleiro – Uma Decepção Robótica
Se houve um filme da franquia Transformers que não conseguiu conquistar o público, sem dúvida foi Transformers: O Último Cavaleiro. Sob a direção de Michael Bay, o longa levou Optimus Prime ao espaço da forma mais superficial e desprovida de emoção possível.
Lançado em um momento em que a franquia já não estava atraindo muita atenção, o quinto filme de Transformers foi duramente criticado por sua trama vaga e carente de aprofundamento, causando uma grande decepção naqueles que ainda mantinham esperanças de ver uma produção digna da saga robótica.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas: Uma Desilusão Científica
Com atores renomados como Dane Dehaan, Cara Delevingne, Ethan Hawke e Clive Owen no elenco, o filme Valerian e a Cidade dos Mil Planetas parecia, à primeira vista, uma ficção científica promissora e empolgante. Contudo, a realidade se mostrou bem distante dessa expectativa.
Genérico, superficial e monótono foram apenas alguns dos termos utilizados para caracterizar a obra de Luc Besson quando ela foi lançada nos cinemas. Além disso, uma falta de química entre os protagonistas resultou em uma experiência decepcionante para o público.
Fantasmas de Marte: uma tentativa frustrada de John Carpenter no cinema de ficção científica
John Carpenter, renomado por trás de clássicos como Halloween (1978) e O Enigma de Outro Mundo (1982), decidiu retornar ao mundo da ficção científica com Fantasmas de Marte no início dos anos 2000. No entanto, sua empreitada não foi bem-sucedida, gerando um filme que ficou aquém das expectativas do público.
Fantasmas de Marte é relembrado pela sua qualidade duvidosa, onde diálogos fracos e atuações pouco convincentes foram apontados como principais problemas. Distanciando-se dos melhores trabalhos de Carpenter, o filme não conseguiu cativar a audiência como seus antecessores.
Battleship: A Batalha dos Mares: Uma Batalha Sci-fi Desastrosa
Battleship: A Batalha dos Mares é um exemplo de filme de ficção científica do século XXI que não conseguiu cativar seu público, sendo hoje em dia praticamente esquecido. Dirigido por Peter Berg, o filme contava com um elenco de peso, incluindo Liam Neeson, Alexander Skarsgård e a cantora Rihanna, porém nem mesmo esses nomes conseguiram salvar a produção do fracasso.
Inspirado no conhecido jogo Batalha Naval, Battleship: A Batalha dos Mares narra a história de um navio enfrentando uma ameaça alienígena decidida a conquistar a Terra. A narrativa acompanha a luta pela sobrevivência da tripulação contra os invasores de outro mundo.
Projeto Gemini: Desperdício de Potencial
Estrelando Will Smith, o filme Projeto Gemini segue a história de um assassino de elite que se vê como alvo de um agente capaz de prever seus movimentos. A reviravolta ocorre quando ele percebe que seu perseguidor é, na verdade, uma versão mais jovem e clonada de si mesmo.
Com uma premissa interessante nas mãos do diretor Ang Lee, Projeto Gemini tinha o potencial para se tornar uma obra cinematográfica ao menos interessante. Infelizmente, o desenvolvimento do roteiro não alcançou as expectativas, resultando em uma experiência abaixo do que se esperava.
Embora as expectativas fossem altas, a execução do filme deixou a desejar, com os personagens e a trama não recebendo a devida atenção e profundidade necessárias. A conceito inovador merecia um tratamento mais cuidadoso para explorar todo o seu potencial.
Cópias: De Volta à Vida (2018): Inferno Cinematográfico
Keanu Reeves pode ter sido parte de uma das produções de ficção científica mais marcantes do cinema, como foi o caso de Matrix, mas a sorte não se repetiu quando ele estrelou Cópias: De Volta à Vida. Na trama, um neurocientista se vê sem rumo após um acidente fatal que ceifou toda sua família. Determinado em trazê-los de volta, ele usa sua expertise para desafiar as leis da física.
Porém, o resultado de Cópias: De Volta à Vida é lamentável, apresentando um roteiro pobre e preguiçoso que nem mesmo a presença de Reeves consegue redimir. Com efeitos visuais duvidosos, o filme se afunda em um mar de falhas de execução e falta de inspiração.
O Fracasso de Os Guardiões: Uma Desastrosa Tentativa de Inovação no Gênero de Super-Heróis
Fracassando nas bilheterias, o filme russo Os Guardiões foi concebido com a intenção de introduzir ao mundo uma equipe de super-heróis soviéticos que visam proteger o país de ameaças sobrenaturais durante a Guerra Fria. Mesmo diante da oportunidade de oferecer uma nova abordagem ao gênero, Os Guardiões é tão penoso de se assistir que chega a ser risível (e não de uma maneira positiva).
Com um visual de questionável gosto estético e um roteiro terrivelmente escrito, o longa falha em conquistar o público. As cenas tentam criar um universo fantástico, mas acabam resultando em uma produção que se destaca mais pela falta de coesão narrativa do que pela originalidade.
Os personagens, que deveriam ser cativantes e inspiradores, acabam por se tornar caricaturas vazias, incapazes de gerar qualquer empatia por parte da plateia. O potencial desperdiçado da trama poderia ter sido explorado de forma mais eficaz, mas a falta de profundidade dos personagens e a fraca construção dos diálogos impedem qualquer tipo de envolvimento emocional.
Com um elenco talentoso em mãos, Os Guardiões mostra-se incapaz de extrair o melhor de seus atores, que se veem presos a um roteiro confuso e sem coerência. A tentativa de criar um novo modelo de super-heróis falha ao não conseguir estabelecer uma ligação significativa entre os personagens e a audiência.
Ao final, Os Guardiões não consegue cumprir sua missão de introduzir algo inovador ao gênero de super-heróis, deixando apenas um rastro de decepção e desperdício de potencial. Uma produção que, infelizmente, se perde em suas próprias fraquezas e falta de consistência.
Doom: A Porta do Inferno (2005)
Baseado na famosa franquia de jogos Doom, o filme Doom: A Porta do Inferno é amplamente considerado uma das adaptações mais desastrosas do cinema. Além disso, é classificado como uma adição lamentável ao universo da ficção científica no século XXI.
Estrelando Dwayne Johnson, Karl Urban e Rosamund Pike, Doom segue a história de um grupo de cientistas que descobre os perigos do cromossomo sintético criado por eles, especialmente quando aplicado em indivíduos com tendências violentas. O resultado é a transformação de um criminoso em uma criatura letal, desencadeando assim a intervenção de um esquadrão de elite.
Desprovido de originalidade e com um enredo quase inexistente, Doom: A Porta do Inferno opta pelo caminho mais genérico para adaptar a renomada franquia de videogames. Infelizmente, o filme falha em trazer uma nova perspectiva à história, resultando em uma experiência entediante e mal executada.
Jornalista cinéfilo e viciado em filmes e séries, mergulhando de cabeça no mundo geek. Com críticas cativantes e análises perspicazes, compartilha sua paixão e conhecimento, tornando a cultura pop mais envolvente.