O co-fundador e atual presidente do Studio Ghibli, Toshio Suzuki, revelou em uma entrevista que o filho de Hayao Miyazaki não era a pessoa certa para assumir o controle do estúdio. Ele explicou que a decisão de não passar a liderança para Goro Miyazaki foi para evitar que o estúdio se tornasse uma empresa familiar e garantir que ele continuasse a ter um escopo maior do que apenas o trabalho de Hayao Miyazaki.
Suzuki explica por que Goro Miyazaki não assumiu o Studio Ghibli
Em uma entrevista recente, Toshio Suzuki, presidente do Studio Ghibli, discutiu o futuro do estúdio e abordou a questão de por que Goro Miyazaki, filho de Hayao Miyazaki, não assumiu a empresa. Suzuki explicou que, se Goro tivesse se tornado o chefe, o Studio Ghibli se tornaria apenas uma empresa da família Miyazaki. Isso comprometeria a amplitude e o escopo do estúdio, que é maior do que apenas o trabalho de Hayao e Goro Miyazaki. Suzuki afirmou que era melhor ter uma estrutura sólida para sucedê-los e evitar complicações com uma única pessoa no comando.
Studio Ghibli e a venda para a Nippon TV
Suzuki também mencionou a venda parcial do Studio Ghibli para a Nippon TV. Ele explicou que essa venda foi uma maneira de garantir o futuro do estúdio e permitir que ele continuasse a produzir filmes de alta qualidade. A parceria com a Nippon TV trouxe recursos e apoio financeiro, permitindo que o Studio Ghibli continuasse a criar obras-primas animadas.
O último filme do Studio Ghibli: The Boy and the Heron
O mais recente filme lançado pelo Studio Ghibli é The Boy and the Heron, dirigido por Hayao Miyazaki. O filme conta a história de um jovem garoto em luto por sua mãe que se aventura em um mundo onde a morte encontra um novo começo. O filme é uma fantasia semiautobiográfica sobre a vida, a morte e a criação, e é uma homenagem à amizade.
A estratégia de lançamento sem marketing
Antes de seu lançamento nos cinemas japoneses, The Boy and the Heron adotou uma estratégia incomum de lançamento sem marketing. O filme não teve trailers, sinopses ou imagens promocionais divulgadas, com exceção de um pôster. Essa estratégia foi baseada no desejo de Toshio Suzuki de resgatar a experiência de ir ao cinema sem saber muito sobre o filme, criando uma surpresa para os espectadores. Apesar do receio inicial de Hayao Miyazaki, a estratégia funcionou, e o filme se tornou a maior estreia da história do Studio Ghibli, superando até mesmo A Viagem de Chihiro.
Joe Hisaishi e a trilha sonora do filme
Joe Hisaishi, famoso compositor de trilhas sonoras do Studio Ghibli, foi responsável pela música de The Boy and the Heron. Sua música é uma parte essencial dos filmes do estúdio, adicionando emoção e profundidade às histórias. Kenshi Yonezu, conhecido por suas músicas-tema de animes populares, também contribuiu com uma música-tema para o filme, intitulada “Chikyūgi” (Globo).
Conclusão
O Studio Ghibli continua a ser um dos estúdios de animação mais renomados e adorados do mundo. A decisão de não passar a liderança para Goro Miyazaki foi tomada para garantir que o estúdio mantivesse sua identidade única e não se tornasse apenas uma empresa familiar. O futuro do Studio Ghibli parece promissor, com filmes como The Boy and the Heron que continuam a encantar e cativar o público. Com a parceria com a Nippon TV, o estúdio tem a capacidade de continuar criando obras-primas que tocam os corações de pessoas de todas as idades.
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